A Via Verde lança segunda-feira uma app de pagamento de estacionamento de superfície em seis cidades portuguesas: Porto, Gaia, Amadora, Portimão, Vila Real e Figueira da Foz. Embora comece pelo estacionamento, esta será uma app de mobilidade, pois permitirá, a partir do início de 2017, planear e pagar transportes públicos, táxis incluídos.
“Há uma transformação muito grande na área da mobilidade. O automóvel vai ser menos utilizado nas cidades”, disse o CEO da Via Verde, Pedro Mourisca, numa conferência de imprensa realizada esta sexta-feira no Porto. “Como o identificador está para o carro, o smartphone está para as pessoas. Vamos fornecer múltiplos serviços às pessoas, como fizemos para os veículos”, garante o executivo.
A empresa está já em negociações com vários operadores de transportes das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e Pedro Mourisca prevê que a partir do início de 2017 possa haver integração de planeamento e pagamento (com mapeamento) de transportes públicos. “E estamos a preparar-nos para os táxis”, acrescentou.
Sobre o estacionamento, o CEO da Via Verde indica que há conversações com concessionários de estacionamento à superfície de outras cidades, sendo objectivo ter disponível o pagamento dos parquímetros nas principais áreas urbanas portuguesas até 2018.
Algumas cidades já têm aplicações de pagamento de parquímetros. Pedro Mourisca acredita que esses operadores poderão adicionar a app da Via Verde (podendo ambas funcionar em simultâneo). “Somos mais um operador que pretende ser vantajoso para quem já está no mercado. Por exemplo, nos parques de estacionamento, há clientes que procuram os que têm Via Verde em detrimento de outros”, afirma.
Facilidade é a tónica
Em termos de vantagens desta aplicação, a Via Verde salienta o meio de pagamento (é pós-pago, como acontece com os actuais pagamentos da plataforma) e o permitir o estacionamento em várias cidades, sem obrigar ao download de outras apps. Outra vantagem destacada pela companhia é permitir que o estacionamento seja atribuído à matrícula associada à Via Verde ou a outra, que pode ser inserida quando necessário.
Essa facilidade será, de acordo com CEO da Via Verde, estendida à utilização de transportes públicos. “Para os utilizadores ocasionais, utilizar transportes públicos pode ser um quebra-cabeças em termos de tarifário e zonamento. Vamos diminuir essa barreira”, salienta Pedro Mourisca. Além disso, segundo a mesma fonte, a app irá contabilizar os custos e, quando se tornar mais vantajoso para o cliente ter passe, emitirá um aviso.
De notar que a app foi desenvolvida pela tecnológica portuguesa Maksu. Quanto a investimento, a Via Verde não revela, mas o seu CEO salienta que o investimento anual em inovação ronda 1,5 milhões de euros.
A nova app está disponível para iOS e Android.