A West Sea vai começar a convocar os funcionários dos estaleiros de Viana para entrevistas de trabalho logo após a assinatura do contrato de subconcessão, prevista para 7 de Janeiro, prevendo recrutar 400 trabalhadores em seis meses.
A informação foi confirmada à “Lusa” por fonte ligada ao processo de subconcessão dos terrenos e infra-estruturas dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) ao grupo Martifer, que para o efeito criou a empresa West Sea Estaleiros Navais.
A mesma fonte esclareceu que o presidente desta nova empresa será Carlos Martins, administrador daquele grupo privado português, que venceu o concurso público internacional da subconcessão, lançado pela administração dos ENVC.
A assinatura do contrato da subconcessão, precisou ainda, está prevista para 7 de Janeiro, prevendo-se que no dia seguinte os actuais 609 trabalhadores dos ENVC comecem a ser convocados pela West Sea para uma entrevista de recrutamento.
Num período de seis meses deverão ser criados 400 postos de trabalho nos actuais estaleiros, na área da construção e reparação naval, prevendo o novo sub-concessionário um investimento na modernização das instalações e equipamentos dos ENVC, empresa que entretanto será encerrada.
Pelos terrenos, infra-estruturas e equipamentos dos ENVC, o grupo Martifer vai pagar ao Estado uma renda anual de 415 mil euros, até 2031.
Entretanto, os 609 trabalhadores começaram na sexta-feira a aderir a um plano de rescisões amigáveis proposto pela administração dos ENVC e que vai custar 30,1 milhões de euros. Suportado com recursos públicos, prevê indemnizações individuais entre os 6 000 e os 200 mil euros, além do acesso ao subsídio de desemprego e reforma.
A 3 de Dezembro, em entrevista à “Lusa”, o presidente do conselho de administração da Martifer manifestou a convicção de que esta subconcessão permitirá fazer “reviver” a actividade da construção e reparação naval em Viana do Castelo.
“Dizer que a construção e reparação naval vai desaparecer de Viana do Castelo é desinformação porque o projecto da Martifer, com experiência e know how na área da construção e reparação naval através dos estaleiros da Navalria, passa precisamente por fazer reviver esta indústria emblemática de Viana do Castelo, com uma história de 70 anos”, disse, então, Carlos Martins.