O grupo Martifer registou em 2024 os maiores lucros dos últimos 15 anos. A indústria naval (estaleiros da West Sea e Navalria) pesa cada vez mais nos resultados.
O Grupo Martifer anunciou hoje um resultado líquido de 23 milhões de euros em 2024, num crescimento homólogo de 3,3 milhões. É o melhor resultado dos últimos quinze anos, ainda que muito longe dos 107,7 milhões de euros de 2009.
O volume de negócios aumentou 34,1 milhões de euros, suportado essencialmente pelos negócios da actividade naval (onde avultam os estaleiros da West Sea, em Viana do Castelo), que cresceu 43,1 milhões de euros.
Em concreto, o volume de receitas operacionais atingiu os 264,5 milhões de euros, com a indústria naval a contribuir com 40%, ou 106,1 milhões de euros. A actividade de construção metálica recuou 3,7 milhões para 144,1 milhões de euros, ou 46% do total.
Na carteira de encomendas do grupo, o peso da construção e reparação e naval é ainda maior, atingindo 70% (485 milhões de euros) dos 695 milhões contratados e apurados no final do último exercício.
Ao longo do ano passado, os estaleiros da West Sea e da Navalria realizaram 91 reparações, com o grupo a destacar, entre outras, as intervenções nos navios Furnas, Ferdinanda S e Raquel S, de armadores nacionais.
Nos projetos em carteira avultam os seis navios patrulha oceânicos para a Armada portuguesa, o navio de cruzeiro de luxo para a japonesa Ryobi, e o navio expedição polar World Seeker.
Nos projectos, o Grupo Martifer a construção da nova doca seca na West Sea, em Viana do Castelo, um investimento para “expandir a capacidade de reparação e construção naval, ao mesmo tempo que se reforça a posição do Grupo como um dos maiores estaleiros da Europa”, refere a comunicação ao mercado enviada à CMVM.