Os yields da carga aérea continuaram em alta em Outubro, acompanhando o crescimento da procura acima da oferta de capacidade, revelou a IATA.
Em Novembro, o mercado de carga aérea cresceu pelo 15.º mês consecutivo, com a procura a subir 9,8% em termos homólogos. Ao mesmo tempo, a oferta de capacidade avançou apenas 5,9% (alimentada sobretudo pela capacidade dos porões dos aviões de passageiros), do que resultou uma taxa de ocupação de 47,3%.
“Os mercados de carga aérea continuaram o seu forte desempenho em Outubro, com a procura a aumentar 9,8% ano a ano e a capacidade a aumentar 5,9%. Os yields globais de carga aérea (incluindo sobretaxas) continuaram a aumentar, 10,6% face a 2023 e 49% em relação aos níveis de 2019″, sintetizou Willie Walsh, director-geral da IATA.
Na Europa, a procura cresceu 7,6% (e a oferta apenas 3,9%), enquanto na Ásia-Pacífico atingiu os 13,4% (9,3%) e na América do Norte chegou aos 9,5% (5,8%).
Em termos acumulados, o mercado mundial de carga aérea cresceu 12,2% nos primeiros dez meses do ano, enquanto a oferta de capacidade apenas aumentou 8,1%.
A Europa registou um crescimento de 12,9% e uma taxa de ocupação de 53,2%, enquanto a Ásia-Pacífico tocou os 15,3% (46,8%) e a América do Norte se ficou pelos 6,4% (39,7%).
Se 2024 será um ano recorde para o sector, 2025 deve ser abordado com cautela, avisa Willie Walsh.
“A intenção anunciada pela nova Administração Trump de impôr tarifas significativas aos seus principais parceiros comerciais – Canadá, China e México – tem o potencial de derrubar as cadeias de abastecimento globais e minar a confiança do consumidor. A comprovada adaptabilidade da indústria de carga aérea a situações geopolíticas e económicas em rápida evolução provavelmente será testada à medida que a agenda de Trump se implemente”, disse o director-geral da IATA, citado em comunicado.