A ZIM prevê fechar o ano com um EBIT ajustado negativo entre os 600 milhões e os 400 milhões de dólares, anunciou, depois de ter perdido 213 milhões só no terceiro trimestre.
A nova previsão representa um agravamento face ao anterior outlook, que já era negativo mas que se ficava no intervalo entre -500 e -100 milhões de dólares. No ano passado, recorde-se, a ZIM atingiu um EBIT de 6,1 mil milhões de dólares.
No terceiro trimestre, a companhia israelita realizou receitas de 1,2 mil milhões de dólares, longe dos 3,2 mil milhões do período homólogo de 2022. Os volumes transportados até cresceram ligeiramente (de 842 para 867 mil TEU), mas o frete médio caiu para 1 139 dólares/TEU (3 353 dólares/TEU há um ano).
O resultado operacional foi negativo em 2,3 mil milhões de dólares (1,5 mil milhões positivos há um ano), mas foi afectado por uma imparidade “non cash” de 2,1 mil milhões. O EBIT ajustado foi negativo em 213 milhões de dólares.
No acumulado dos primeiros nove meses do ano, a ZIM realizou receitas de 3,95 mil milhões de dólares (10,4 mil milhões no mesmo período de 2022) e atingiu um EBITDA ajustado de 859 milhões (6,6 mil milhões, idem), com uma margem de 22% (63%), e um EBIT ajustado de -373 milhões (5,6 mil milhões), com uma margem de -9% (54>%).
Entre Janeiro e Setembro, transportou 2,5 milhões de Teu (2,6 milhões), a um peço médio de 1 234 dólares/TEU (3 600 dólares/TEU).
Comentando os resultados, Eli Glickman, CEO da companhia, justificou-os com a quebra da procura e, mais ainda, com a baixa dos fretes. Um cenário que deverá manter-se.
A ZIM, disse, está num período de transição, que se estenderá por 2024, e que se resultará, entre outros aspectos, na reduçã dos custos operacionais com a entrada em operação dos novos navios (tem encomendados 46), nomeadamente os 28 navios a GNL.