Sucedem-se os anúncios dos resultados negativos no transporte marítimo de contentores, em 2001, em forte contraste com os lucros (nalguns casos recordes) de 2010.
A israelita Zim Integrated Shipping Services (Zim) anunciou um resultado negativo de 397 milhões de dólares, relativo ao exercício de 2011. No ano anterior obtivera um ganho de 54 milhões de dólares.
A companhia, que já beneficiou de uma forte injecção de capital da holding que a controla, viu a sua situação agravar-se no último trimestre do ano passado, quando sofreu perdas de 96 milhões de dólares, pior do que os 66 milhões de dólares negativos do terceiro trimestre (e muito longe do lucro de 151 milhões do período homólogo).
A CSCL (China Shipping Container Lines), revelou, por seu turno, perdas de 428 milhões de dólares, que comparam com os 667 milhões de dólares de lucros obtidos no exercício anterior.
Em 2011, a CSCL transportou 7,44 milhões de TEU, mais 3,2% do que em 2010. No entanto, o volume de receitas caiu 18,9% para perto dos 4,5 mil milhões de dólares, resultado de uma baixa das tarifas médias, que no caso dos tráfegos internacionais superou os 27%, justificou a companhia.
O tempo é, pois, de cortar nos custos, mediante o “slow steaming” e o reforço das parcerias, até porque este ano e o próximo se antecipam muito voláteis, acrescentaram os responsáveis da CSCL.
Em perda, no ano findo, esteve também a Evergreen, a maior companhia de Taiwan.
O resultado líquido do exercício foi negativo em 105 milhões de dólares, quando há um ano havia sido positivo em 514 milhões.
Mais uma vez, a fraca procura, a depreciação das tarifas médias e o aumento dos custos operacionais são os motivos invocados para justificar a fraca performance.
Ainda que negativos, estes valores ficam ainda muito longe dos mil milhões de dólares de perdas em que incorreu a Cosco no negócio de transporte marítimo de contentores, no ano passado.