A Zim Integrated Shipping Services (Zim) estará no mercado à procura de compradores para as as suas operações de transporte marítimo de contentores a nível global, avança o “WSJ” citando fontes conhecedoras do processo. A companhia israelita desmente.
A intenção da Zim será, segundo o jornal norte-americano, concentrar-se nos tráfegos intra-Mediterrâneo e alienar as operações no Ásia-América do Norte, Ásia-Mediterrâneo Oriental e a Mediterrâneo-América do Norte.
A Zim estará, por isso, a realizar um road show junto de investidores e outros operadores tentando cativá-los para comprarem as bases de clientes, as operações e os navios de que não necessitará para operar no Mediterrâneo.
Número 16 no ranking mundial, de acordo com a Alphaliner, a Zim opera com uma frota de 69 navios e uma capacidade agregada de cerca de 327 mil TEU.
A companhia israelita, que já passou por uma profunda reestruturação financeira que a salvou da falência iminente, continua a lutar contra as dificuldades de um mercado global onde a dimensão e massa crítica são cada vez mais fundamentais.
Ao “WSJ”, um porta-voz da Zim rejeitou o que classificou de “rumores”. “Temos sido um operador global nas últimas décadas e não temos qualquer intenção de deixar [de oferecer] os serviços à escala mundial”, disse.
Por seu turno, um porta-voz da Kenon Holdings, o maior accionista da Zim com uma posição de 32%, escusou-se comentar.
A Zim anunciou em Outubro perdas de 74,2 milhões de dólares no segundo trimestre. Com um passivo de 1,1 mil milhões de dólares, a companhia anunciou também um acordo com credores para adiar até 2018 o pagamento de 115 milhões de dólares de dívida.