Animada pelos resultados do primeiro trimestre, a ZIM melhorou em 75% as previsões iniciais de ganhos para o final do exercício.
Entre Janeiro e Março, a israelita ZIM transportou mais 28% de contentores que no período homólogo anterior (o melhor resultado entre os principais players do mercado) e por um preço médio 76% acima. Foram 818 mil TEU, à tarifa média de 1 925 dólares, contra 638 mil ao preço de 1 091 dólares/TEU, há um ano.
Em consequência, as receitas mais do que duplicaram no período, de 823 milhões para 1 744 milhões de dólares. E o EBITDA disparou, de 97 milhões de dólares, há um ano, para 821 milhões de dólares, agora, com a margem operacional a atingir os 45%.
Com tudo isto, só no primeiro trimestre a ZIM lucrou 590 milhões de dólares, quando há um ano tinha perdido 12 milhões.
A aposta no comércio electrónico (que passou por uma parceria com a chinesa Alibaba) e a partilha de capacidade com a Maersk e a MSC no tranbs-Pacífico ajudam a explicar os bons resultados, e desde logo o crescimento dos volumes. Isso e o facto de a companhia não ter sentido a falta de contentores de que a maioria dos seus pares se tem queixado.
No que respeita à oferta de capacidade, a companhia tem em curso um forte investimento em contentores e contratou com a Seaspan dez navios de 15 mil TEU. Mas não equaciona ir mais além e menos ainda investir em frota própria.
Para o final do exercício, a ZIM projecta agora atingir um EBITDA entre 2,5 e 2,8 mil milhões de dólares, o que representa um crescimento de 75% face ao valor médio da previsão anterior.