Os resultados operacionais das companhias de shipping de contentores caíram 90% no segundo trimestre, em termos homólogos, segundo a SeaIntelligence.
Depois dos recordes de 2021 e 2022, o transporte marítimo de contentores entrou num nono normal pós-pandémico, com uma forte quebra nos resultados operacionais. A tendência anunciou-se no primeiro trimestre deste ano e agravou-se no segundo.
Para tal foi decisivo, sublinha a SeaIntelligence, a quebra das tarifas médias, entre -38% e -67%, nas companhias que divulgaram tais dados.
Como se isso não bastasse, ainda se verificou uma quebra nos volumes transportados, à excepção da ZIM.
Curiosamente, destaca a consultora, a companhia israelita aumentou em 0,5% os volumes transportados (ganhou quota de mercado, portanto), mas registou o pior EBIT/TEU entre os conhecidos, de -195 dólares, Ou seja, destaca a SeaIntelligence, a ZIM perdeu 195 dólares por cada TEU transportado no segundo trimestre.
Cruzando os volumes transportados com os EBIT publicados, a consultora conclui que a OOCL registou o maior ganho operacional por TEU transportado no segundo trimestre de 2023, com 305 dólares. Um número que fica muito longe dos 1 377 dólares/TEU registados há um ano pela Maersk (e o que dizer dos 2 500 dólares/TEU da HMM, no mesmo período?).
Juntas, as companhias consideradas pela SeaIntelligence – Maersk, COSCO, Hapag-Lloyd, ONE, HMM, ZIM e OOCL – registaram um EBIT de 3,2 mil milhões de dólares no segundo trimestre de 2023, numa quebra de 90%.