A ZIM teve um 2022 excepionalmente bom, apesar do quarto trimestre, mas prevê que 2023 será substancialmente pior.
A ZIM atingiu no ano passado um volume de receitas de 12,6 mil milhões de dólares (10,7 mil milhões em 2021), impulsionado pela subida de 16% do valor médio dos fretes (3 240 dólares/TEU), que compensou a quebra de 3% (para 3,38 milhões de TEU) nos volumes transportados.
O EBIT ajustado atingiu os 6,1 mil milhões (5,8 mil milhões em 2021) e o EBITDA ajustado os 7,5 mil milhões (6,6 mil milhões no ano anterior).
O resultado líquido manteve-se nos 4,6 mil milhões de dólares, com os accionistas a recebem cerca de 44% desse valor sob a forma de dividendos.
Mas os bons resultados anuais não escondem as fortes quebras verificadas no último trimestre do exercício, quando as receitas derraparam 37%, os volumes cederam 4%, os fretes médios recuaram 42% e o resultado líquido afundou para 417 milhões de dólares (contra 1,7 mil milhões no último trimestre de 2021).
Em consequência, para 2023 as previsões de resultrados da ZIM são muito mais conservadoras, para dizer o mínimo. A companhia israelita aponta agora para um EBITDA ajustado de 1,8 – 2,2 mil milhões de dólares (7,5 mil milhões em 20229 e um EBIT ajustado de 100 – 500 milhões de dólares (6,1 mil milhões no ano passado).
Ainda assim, Eli Glickman, presidente e CEO da ZIM, citado em comunicado, disse-se confiante nos resultados da aposta no digital, numa frota mais eficiente e sustentável e em nichos de mercado de maior valor.